A comunicação “O que faz de nós Humanos? - Uma perspetiva neurobiológica", apresentada pelo Doutor Daniel Martins, no auditório da Escola Básica e Secundária do Cerco, insere-se na semana internacional do cérebro, promovida pela Ciência Viva.
Esta iniciativa, ao mesmo tempo que permitiu uma abordagem científica, sustentada na sabedoria, conhecimento e sageza do Dr. Daniel Martins, médico investigador, no Hospital de São João no Porto, também ajudou a consolidar aprendizagens nas disciplinas, de biologia, no âmbito da fisiologia: sistema nervoso central; de psicologia, a propósito dos fundamentos biológicos do comportamento e de filosofia, no campo da reflexão crítica, em traços gerais foram destacados os aspetos neurobiológicos das funções cerebrais complexas, como é o caso da memória, funções executivas, emoções e sentimentos e linguagem. Toda a informação se revelou precisa e pertinente. Um fio condutor percorreu e deu sentido a todos os momentos da comunicação do Dr. Daniel. A diversidade e profusão de ideias, os conceitos, os exemplos e as situações reais apresentadas, despertaram a atenção e a curiosidade e, ao mesmo tempo, cativaram os alunos do princípio ao fim. Destacam-se as estratégias de comunicação assertivas, utilizadas pelo Dr. Daniel, totalmente adequadas aos interesses e motivações dos presentes. O orador conseguiu estimular a reflexão e incentivar a participação pertinente. No final, uma componente prática com a visualização de preparações histológicas de cortes de diferentes regiões do sistema nervoso central, permitiu o contacto direto com os meios de investigação laboratorial.
Neste sentido, esta atividade foi uma experiência marcante, duradoura e positiva pois cumpriu a sua função:
- Promoveu um exercício mental a favor de uma aprendizagem mais motivadora centrada em experiências e acontecimentos reais;
- Sensibilizou para mobilização de conhecimentos e utilização de conceitos;
- Estimulou a curiosidade intelectual.
Foi uma atividade que proporcionou um espaço privilegiado de reflexão e diálogo mostrando, claramente, que a escola pode ser um local impulsionador de sinergias para a realização de aprendizagens interativas.